sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

The Walking Dead - Morrendo aos poucos

(Dedico a presente postagem aos meus amigos Anderson Rodrigues Ramos, Marcelo Rinaldi e Bruno Campos, grandes compartilhadores de "The Walking Dead")

Enquanto aguardamos a nova temporada de Game of Thrones, nada melhor do que assistir a terceira temporada de The Walking Dead. Pois bem, assim eu pensei... Muito tempo atrás.

                         O finado Dale e Herschel: o segundo substituiu o primeiro no papel de velho moralista. 


A trama de The Walking Dead começou fantástica, tudo o que um nerd gosta (apocalipse zumbi, luta pela sobrevivência, etc), porém, foi se tornando aguada e sem graça com o passar dos tempos. Acontecimentos na trama vivem se repetindo, por meio de personagens que se substituem ao longo da história. 

Na primeira temporada vemos o despertar de Rick Grimes (Andrew Lincoln), um policial incorruptível que havia sido baleado tempos antes, em um mundo apocalíptico, no qual zumbis caminham pelas ruas procurando por carne fresca.

Observamos a partir de então que Rick seria o personagem principal, em busca de sua mulher e filho (Lori e Carl), que estão em um acampamento de sobreviventes comandado pelo melhor amigo de Rick, Shane Walsh (Jon Bernthal).

Com o passar dos episódios e temporadas, Shane demonstra que se tornou um maníaco desiludido com o mundo, dando a entender que deve fazer qualquer coisa para manter-se vivo e alcançar seus objetivos, sem se importar com os outros. Tal motivo leva Rick a matá-lo, tomando para si a liderança do grupo, que até então estava dividida entre os dois.

                       Shane e Rick: o segundo substituiu o primeiro no papel de desiludido que não conta com nada. 

                         
Rick, porém, começa a portar-se como Shane, comportando-se como o antigo amigo. Fala sussurrando, com uma cara de lunático e os personagens arrumam picuinhas entre si, deixando os zumbis de lado e levando o telespectador para uma espécie de novela de Manuel Carlos, ambientada em um mundo pós-apocalíptico. De vez em quando acontece um ataque de zumbis aqui e acolá, um personagem coadjuvante morre, mas nada de a trama caminhar.

A terceira temporada trouxe uma nova trama, com personagens novos e malfeitos. Temos o Governador, um homem chamado Philip, que lidera uma vila chamada Woodbury, de onde os zumbis são mantidos afastados. Entretanto, Governador é um homem inexpressivo, o ator (David Morrissey) não dá a verdadeira vida ao personagem. Desse jeito, a trama vai caminhando, de modo que cada cena protagonizada pelo Governador é uma chatice, mesmo quando se trata de uma luta nervosa.

          O Governador: personagem inexpressivo na série e metido a galã. À direita, o personagem nos quadrinhos.

Outra personagem que não se faz entender é a matadora de zumbis Michonne (Danai Gurira). Está sempre de cara feia, toma atitudes sem qualquer predisposição (por exemplo, diz que Woodbury não é um lugar bom, no entanto, não tem motivos para tanto, ou seja, ela não havia presenciado nada de errado no lugar, simplesmente chegou a tal conclusão) e desconfia de tudo.

                                                 Michonne (Danai Gurira): cara de bunda e insatisfação o tempo todo. 

Ocorrendo um apocalipse zumbi, creio eu que todos buscariam ajuda e no meio do caos, qualquer local seguro com pessoas vivas seria bem vindo. A série, no entanto, mostra o contrário. Os personagens vivem com ódio e medo um do outro, sem motivo. O desenrolar da série mostra fatos, mas não mostra os motivos. É como se mostrasse a consequência sem a causa.

Os roteiristas da série devem estar entediados com o decorrer da história, tanto que a última cena, antes do breve intervalo da temporada (aquela que deve deixar o telespectador com água na boca, esperando a continuação) acontece quando o Governador coloca os personagens coadjuvantes Daryl (Norman Reedus) e Merle (Michael Rooker) em uma arena, entre vários zumbis. Será que os irmãos farão as pazes e lutarão contra o mal ou se jogarão aos zumbis? 

Pode ser que lá na frente eu engula as palavras que digitei aqui. Mas até lá, assisto cada episódio entediado, em busca do desfecho, da cena marcante que nunca vem. Pelo que tudo indica, The Walking Dead caminha para um Prison Break de zumbis, onde a trama perde seu propósito. Não me surpreenderia se, no final do próximo episódio, a tela congelasse no rosto de um personagem, tal como acontece nas novelas por aí.

NOTA: A postagem não representa a opinião dos organizadores do QUARTEL NERD, apenas a minha.

Por Sir. Vinícius. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário