segunda-feira, 27 de maio de 2013

E NO DECORRER DA SÉRIE...


E no auge da transmissão da terceira temporada de Game of Thrones, só nos cabe fazer um pequeno parecer. A série está um tanto interessante, apesar dos protestos feitos pelo meu grande amigo Pestana, que diz que está tudo muito parado.

O que nos incomoda um pouco (mas só um pouquinho) são algumas modificações feitas pelos roteiristas/produtores/diretor da série no que diz respeito à história contada nos livros e que pode, de certa forma, interferir no decorrer dos fatos.

Então, vamos por partes.

Em primeiro plano, temos Sam escondido dos Outros ao fim da segunda temporada. No livro, a situação é um pouco diferente: Os patrulheiros estão alojados no alto do Punho dos Primeiros Homens, inclusive o nosso querido gordo, que por sinal, está dormindo profundamente. Quando ocorre o massacre, os sobreviventes fogem pela neve, e Sam acaba ficando para trás com alguns companheiros.

Neste período, o gordo medroso fere um caminhante branco com um punhal de obsidiana, o que acaba por destruir o monstro. A partir de então, Sam passa a ser chamado de “O Matador”. Na série, Sam acaba matando o caminhante branco somente quando está com Goiva, após a morte do comandante Mormont.

Sobre este trecho, cabe mencionar que, na série, Sam trata a obsidiana como se fosse um material desconhecido. No livro, ele está completamente ciente do que tem em mãos.

Em Porto Real também há algumas disparidades na história. Na série, simplesmente omitiram o personagem Wyllas Tyrell, irmão mais velho de Loras e Margaery e herdeiro de Jardim de Cima. O plano original era casar Sansa com Wyllas. Contudo, na série, os roteiristas incluíram uma conversa entre Lorde Tywin e Lady Olenna, na qual negociavam o casamento de Cersei com Loras. Caso Olenna recusasse, Lord Tywin nomearia Loras para a Guarda Real, impossibilitando que este herde Jardim de Cima (Wyllas é tido como inexistente na série, pois a nomeação de Loras não surtiria nenhum efeito em Jardim de Cima). Tal trecho jamais ocorreu no livro e é contraditório até mesmo em razão da série, pois, no penúltimo capítulo da segunda temporada, o próprio Loras pediu para ingressar na Guarda Real.

Lady Olenna é uma personagem que aparece poucas vezes no livro, porém, tem papel fundamental no decorrer da história. Alguns diálogos foram inventados para familiarizá-la com o público, como a cena em que negocia as despesas do casamento com Tyrion ou sua conversa com Varys nos jardins.

E falando de Varys, lembram-se da cena em que ele conta sua história para o anão e mostra um caixote contendo o feiticeiro que arrancou seus testículos? Também essa cena foi inventada para a série.

Ênfase particular a Theon Greyjoy, que permanece cativo no Forte do Pavor (e posteriormente em Karhold), sofrendo horrores nas mãos de seus captores. Theon é apenas mencionado em “A Tormenta de Espadas” como cativo de Roose Bolton, porém, nada mais é dito.

Jon Snow ainda continua com os selvagens. Contudo, a cena de escalada da Muralha, na qual Orell tenta cortar a corda que prendia ele e Ygritrte não aconteceu, justamente porque Jon já havia matado Orell quando a escalada acontece.

O maior desvio da história, sem a menor sombra de dúvida, acontece com Gendry. Após os acontecimentos com a Irmandade Sem Estandartes, o bastardo do rei Robert permanece como integrante do grupo. Ocorre que, na série, a mulher vermelha o leva para Pedra do Dragão. Tal incidente jamais acontece nos livros. A mulher vermelha sequer sabe da existência de Gendry, uma vez que, na fortaleza de Stannis, há um segundo bastardo de Robert, verdadeiro protagonista dos acontecimentos. Cabe mencionar aqui que a cena em que a mulher vermelha seduz Gendry para prendê-lo e coletar seu sangue foi totalmente desnecessária e apelativa, um erro grave do roteirista.

Se Olenna Tyrell foi explorada em demasia (a ponto de inventarem diálogos), faltou espaço para Mance Rayder. O Rei-Pra-Lá-Da-Muralha era um dos personagens mais aguardados e não teve muita atenção por parte dos produtores e roteiristas até agora.

Acerca da aparência de alguns personagens, podemos afirmar que não foram 100% fiéis aos livros. Na série, Edmure não tem barba e tampouco é ruivo, como ocorre na descrição do livro. Mas a maior divergência de todas é Daario Naharis, que na saga é apresentado como um Tyrosh que tinge sua barba de azul. Na TV, fizeram do personagem um andrógeno loiro.

Enfim, a série está muito boa, porém, temos essas pequenas rebarbas, que não estragam a história em seu corpo principal. Temos certeza de que podemos aguardar grandes coisas nos próximos episódios, como o casamento de Joffrey, a apresentação de Oberyn Martell (personagem muito importante no decorrer da trama), que chegará a Porto Real em breve.  

PS: A publicidade da série ficou bem bacana:












Por Sir Vinícius

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