quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

CCXP 2015 - Pré-estreia exclusiva: O Bom Dinossauro





Salve recrutas!
Conforme prometido estamos de volta trazendo um pouco mais do visto nos painéis do auditório Cinemark na Comic Con Experience 2015.
Foi uma satisfação indescritível de conquista ao conseguir entrar num dos auditórios (senão o) mais concorridos do evento.
A saga e drama em busca de uma vaga nele você pode conferir na nossa postagem anterior, a primeira sobre a CCXP 2015.
Mas agora que estava dentro, o foco era absorver o máximo possível dos painéis por vir até porque eram de diversos temas bem interessantes em sequência...

Antes de prosseguir devo alertá-los de que trata-se de uma descrição do que foi conferido nesse painel. A ideia não é estragar totalmente a surpresa, mas se você é daqueles que não pode ouvir um detalhe que já considera um spoiler de mal gosto, sugiro que deixe para conferir essa análise depois que tiver assistido o filme também que está com estréia prevista para 7 de Janeiro nos cinemas.






A primeira atração já era a pré-estréia exclusiva da animação da Disney Pixar "O Bom Dinossauro".
Eu tinha visto alguma coisa muito superficial sobre a animação então qualquer coisa que eu visse seria quase que uma total novidade. Eu só me recordava de ser sobre um dinossauro e que algo tinha me chamado a atenção, que ele tinha um pet (animal de estimação) e que era um humano.
Apresentações iniciais feitas, ânimos aflorados, começa a rodar a cena no telão e os primeiros sons foram saindo dos potentes auto-falantes da sala.
Daí me aparece na tela uma animação de um menino que parecia ser indiano brincando com um boneco com características de um super-herói, logo em seguida aparece na cena seu pai, deixando mais claro que tratava-se de uma família indiana. Daí estranhando pensei: "Uau! Realmente inusitado, juro que não tive essa impressão nos materiais que ví sobre a animação..." e a cada cena ficava mais claro que estava presenciando uma surpresa. Sim! Não era o filme, mas sim um daqueles amistosos curtas que o pessoal da Pixar costuma nos presentear. Depois ao final apareceu o nome e fiquei sabendo que tratava-se de "Sanjay's Super Team".






Sem dar muitos detalhes para não estragar a surpresa visual, posso dizer que a mensagem que recebi foi de uma cultura que recebe uma forte influencia de fora, como os norte americanos e seus super-heróis contagiantes e isso pode fazer com que a nova geração pareça perder o foco das suas origens e valores... ou por outro lado na verdade, pode aprender essas coisas de culturas diferentes e agregar às suas com a possibilidade de criar algo novo que seja admirado até por quem antes era a influência externa.
Ficou curioso? Então confira o clipe dele:






Após esta dose de emoção, aí sim veio o filme. Começa com uma cena "trolladora", e vou me conter em ficar só nessa descrição porque essa sim vale a surpresa... Hehehe. Apesar que a surpresa pode ser "estragada" se você já conferiu o trailer:





O filme conta a história de uma família de brontossauros, mas no começo ainda não sabemos disso, até porque na primeira cena temos somente um deles, o pai, Harry. Fica claro que ele está no seu habitat natural e mais do que isso interessantemente ele interage com o meio natural como se fosse um homem do campo, preparando a terra, plantando, regando e etc. Ele é chamado pela esposa para conferir algo, que era ver os ovos eclodirem. Então temos 3 ovos e para cumprir o script eles eclodem em ordem, sendo que no final resta o maior deles e teoricamente o filho mais promissor. Todavia ao eclodir vemos um dinossauro franzino e muito menor do que os seus dois irmãos. Chamou-se então Arlo.
Como disse antes, trata-se de uma família de dinossauros inesperadamente bem conscientes de sua interação com os recursos naturais em seu "sítio". Assim, não demorou muito para cada filho receber sua incumbência e assim auxiliar nas tarefas da família. A cada grande feito os filhos recebiam o aval do pai para deixar a sua marca na parede do celeiro de milho, uma marca de lama da sua pata. Todavia Arlo ainda não tinha conseguido deixar a sua marca e sofria com isso.
Então temos uma cena que inevitavelmente remeteu à um clássico da Disney "O Rei Leão". Onde Mufasa leva Simba para passear e conversar num momento pai e filho aprendizado pra vida e um incidente acaba ocorrendo.
Isso causa uma reviravolta na vida de Arlo e sua família, e o pivô deste incidente certamente seria um inimigo da família só que como "a vida é uma caixinha de surpresas" devido a algo que eles têm em comum ele acaba assumindo um papel muito importante de pequeno grande amigo do Bom Dinossauro numa jornada em busca do caminho de volta pra casa e mais do que isso, de amadurecimento e coragem. Algo muito intrigante aqui é que nós temos uma situação de um menino e seu animal de estimação, só que o menino é o dinossauro e o animal é o humano; e isso causa uma inesperada inversão de papéis bem curiosa. Então Arlo "batiza" o seu animal de estimação humano de Spot. Como Spot é um selvagem, ele não fala, só se comunica com grunhidos, rosnares e coisas do tipo e é ai que uma característica do mítico Walt Disney vem à tona, que é a capacidade de um desenho passar uma mensagem sem a necessidade do diálogo como foi afirmado por Peter Sohn (diretor da animação) no painel pós filme.
Como é de se esperar, temos muita aventura e no decorre dela, nossa dupla protagonista conhece três Tiranossauros Rex, e onde parecia haver morte certa na verdade encontraram reforço e guarida para prosseguir viagem. Curiosamente estes grandões são como cowboys e se você prestar atenção eles correm como se estivessem cavalgando (e o diretor afirmou posteriormente que isso foi proposital) sem contar com a trilha sonora no estilo comerciais de cigarros Marlboro, e eles estavam à procura de um rebanho deles que havia sumido.
Essa busca nos leva a outro grupo, desta vez de Velociraptores responsáveis pelo misterioso sumiço do rebanho. Estas personagens foram dublados por uns carinhas conhecidos da vizinhança, do grupo Os Barbixas, conhece?!?!






Enfim, prepare-se para uma jornada de busca pelo melhor que pode ser, com direito a medo, susto, alegria, emoção (sim, aquele suor escorrendo no canto dos olhos dos marmanjos, não fosse assim não seria a Pixar) e um final com duplo sentimento!
Após a exibição da animação, tivemos um painel guiado por ninguém menos que o diretor Peter Sohn, no qual falaria alguns detalhes da produção, algumas curiosidades (dentre elas, algumas já citadas no decorrer desta postagem), mas antes de falar do filme em si ele passou algumas ilustrações falando sobre as suas origens coreanas, a ida de sua família para os Estados Unidos e quando ele ia ao cinema com sua mãe que não entendia nada do que era falado em inglês nos filmes, com exceção das animações de Walt Disney, as quais ela conseguia entender a mensagem sem a necessidade de falas, e ele citou um momento marcante em que numa cena emocionante durante o filme Dumbo (1941) ele olhou para o lado e sua mãe estava chorando.
Ele falou também sobre sua jornada até se tornar o diretor desta animação e quais trabalhos ajudaram no destaque para chegar onde chegou. Uma postagem que abrange com certa riqueza essas etapas foi feita pelo pelo site "O Camundongo - O Bom Dinossauro na CCXP". Fica a sugestão de leitura!




Por: Sir. Brian Dias

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